Promotor
Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M., S.A.
Sinopse
Klára Tasovská
Chéquia, Eslováquia, Áustria Czech Republic, Slovakia, Austria, 2024, DOC, 90'
As minhas memórias dos filmes que vi, dos lugares que visitei, das descobertas que fiz e de encontros que resultaram em amizades que perduram voltaram com o primeiro visionamento deste magnífico documentário. Durante todo este tempo a programar cinema, poucas vezes me senti tão próximo do que vi e vivi, um filme emocional onde as fotografias ganham movimento com a voz da sua autora e colidem numa rara experiência cinemática e sensorial. I am not everything I want to be, é um grande titulo existencialista, fez-me de novo ficar fascinado com o cinema independente, subitamente ao ver este filme, uma fotógrafa Libus?e Jarcovja´kova´ que desconhecia e uma jovem realizadora Kla´ra Tasovska´, fizeram-me viajar no tempo, comecei por pensar em Nan Goldin e em Chris Marker para a seguir viajar nas suas fotografias até às minhas primeiras incursões numa Europa anterior à queda do muro de Berlim, uma página longa e memorável da história da Europa na guerra fria que ainda espreitei e em que cresci longe de tudo na aldeia em que cresci e ao mesmo tempo num país que também era europeu, ou queria ser. Da Primavera de Praga a Berlim e a Tóquio viajamos numa história íntima e reveladora de um tempo passado ao longo de cinco décadas num percurso tão único quanto universal e corajoso na luta duma mulher pela sua independência nos dias e na história duma Europa que mudava a cada dia e a cada noite rumo ao futuro. Do underground ao mundo da moda e do quotidiano duro cheio de interrogações pela passagem do tempo. A magia continua na sala de cinema, lugar único de encontro com histórias como estas que nos enriquecem, que trazemos connosco quando saímos para a rua e nos deparamos com a outra realidade, a nossa. E agora, onde estamos? (Dario Oliveira)
My memories of the films I've seen, the places I've visited, the discoveries I've made and the encounters that have resulted in lasting friendships came flooding back with the first viewing of this magnificent documentary. During all this time programming cinema, I've rarely felt so close to what I've seen and experienced, an emotional film where the photographs gain movement with the voice of their author and collide in a rare cinematic and sensory experience. I am not everything I want to be, is a great existentialist title, it made me fascinated with independent cinema again, suddenly seeing this film, I’ve discovered a photographer Libuše Jarcovjáková, who I didn't know and a young director Klára Tasovská. Both made me travel back in time. I started thinking about Nan Goldin and Chris Marker and then travelled through their photographs to my first forays into Europe before the fall of the Berlin Wall, a long and memorable page in the history of Europe during the Cold War. Images which I’ve glimpsed from where I stood, far away from everything in the village where I grew up, and at the same time in a country that was also European, or wanted to be. From the Prague Spring to Berlin and Tokyo, we travel in an intimate and revealing story of a time spent over five decades in a journey that is as unique as it is universal and courageous in a woman's fight for her independence in the days and history of a Europe that was changing every day and night towards the future. From the underground to the world of fashion and hard everyday life, full of questions about the passage of time. The magic continues in the cinema, a unique place to encounter stories like these that enrich us, which we take with us when we go out into the street and encounter another reality, our own. And now, where are we? (Dario Oliveira)