Promotor
Fundação Centro Cultural de Belém
Sinopse
António de Castro Caeiro
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Camões
Um sentimento nasce, cresce e morre. Qual é o sentido do sentimento? Um sentimento faz-se sentir. Afeta-nos a partir do que quer que seja. É por uma pessoa, por uma circunstância no mundo. É pela situação em que cada um de nós se encontra. Alegramo-nos. Entristecemo-nos. Um sentimento, porém, não se faz apenas sentir. Não causa apenas impressões que nos deixa em tais estados. Um sentimento dá-nos a compreender como é connosco. Nenhum sentimento como nenhum amor é cego. Faz ver. Admite as mais variadas interpretações, tanto por intérpretes consagrados, como pelos protagonistas das nossas vidas: nós próprios.
Propomos, assim, reconstituir o que nos acontece quando sentimos. Começamos pelo espanto inaugural que nos faz sair do habitual normal. Passamos às experiências que desde sempre e a toda a hora fazemos, do desejo e da ira. A seguir, perguntamos de onde nos chegam as saudades do passado vivido e do que nunca vivemos, e por que motivo pode haver tanta melancolia. Mas queríamos, também, tentar aproximar-nos do sublime, da ânsia de liberdade, da possibilidade de sermos suscetíveis de amor e da esperança como o «possibilitante», sobretudo em tempos de descontentamento.
Notas Suplementares
Programa
3 out O que é um sentimento?
31 out Espanto
28 nov Desejo
19 dez Ira
30 jan Nostalgia
27 fev Melancolia
27 mar Sublime
24 abr Liberdade
29 mai Amor
26 jun Esperança
* Exceto as sessões de 3 de outubro, que se realizará na Sala Lopes-Graça, de 31 de outubro, que se realizará na Sala Almada Negreiros, e de 19 de dezembro, que se realizará na Sala Luís de Freitas Branco.
Preços